Cartas geotécnicas, para prevenção de desastres naturais, são entregues a 15 cidades catarinenses

29/06/2017 13:20

Representantes de 15 cidades catarinenses receberam no início da tarde desta quarta-feira, 28 de junho, em cerimônia realizada no Teatro Governador Pedro Ivo, em Florianópolis, as cartas geotécnicas de Aptidão à Urbanização. O Laboratório de Geoprocessamento (LabGeop) da UFSC, em parceria com o Ministério das Cidades, realizou a entrega e elaborou a metodologia para as cartas e o mapeamento nos municípios. O primeiro a receber o material produzido pela Universidade foi Yuri Della Giustina, da Secretaria Nacional.

Serão contemplados 27 municípios, e na oportunidade, foram selecionados a receber Alfredo Wagner, Antônio Carlos, Balneário Camboriú, Camboriú, Gaspar, Ilhota, Ituporanga, José Boiteux, Luiz Alves, Navegantes, Palhoça, Presidente Getúlio, Rio Fortuna, Rodeio e São José. As cartas geotécnicas orientam as prefeituras nas questões de planejamento urbano com foco na prevenção de desastres naturais. O objetivo é auxiliar na edição e na revisão dos planos diretores, evitando assim a formação de novas áreas de risco.

Participaram do evento os pró-reitores de Extensão Rogério Cid Bastos, de Pesquisa, Sebastião Roberto Soares, o vice-diretor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), Rogério Luiz de Souza, do Ministério das Cidades, Yuri Della Giustina, os professores do Departamento de Geociências Juan Antônio Altamirano Flores e Everton Silva, o diretor de Estatística e Cartografia Carlos Mestre Crespo Luz, o arquiteto e urbanista e representante da Associação dos Municípios da Grande Florianópolis Edson Luiz Cattoni, a promotora de Justiça do Ministério Público Marcia Aguiar Arend, o secretário-executivo de Habitação e Regularização Fundiária Leodegar Tiscoski, e o superintendente da Região Metropolitana de Florianópolis Cassio Taniguchi.

Para o professor Juan o “repasse do trabalho desenvolvido pela UFSC é um momento histórico, principalmente porque atende a populações sujeitas a eventos extremos”. Agradeceu a todos os parceiros, “principalmente aos municípios pela receptividade e por possibilitar o andamento do trabalho da forma como havia sido proposto inicialmente”. Falou sobre a suscetibilidade do estado a deslizamentos e inundações e citou exemplos como a ressaca na praia da Armação, em Florianópolis, das enchentes em Tubarão (1974), em Blumenau nos anos 80, no Alto Baú em Ilhota (2008), entre outras tragédias. A metodologia adotada serve para evitar esses tipos de evento.

Cartas na Web

A disponibilização das cartas à sociedade em ambiente web foi o tema abordado pelo professor Everton, que, primeiramente agradeceu ao Ministério das Cidades por oportunizar ao Departamento de Geociências da UFSC o desenvolvimento de um projeto de elevada importância para a sociedade brasileira. Explicou que este tipo de trabalho está sendo feito por outros estados, porém de forma mais intensa em Santa Catarina, por apresentar o maior número de municípios , 27 no total. Reconheceu também a participação do estado que cedeu “uma base cartográfica de muita qualidade, fundamental para que a atividade fluísse e fosse entregue a tempo”.

Lembrou que no escopo inicial, a ideia era compor um banco de dados georeferenciado. “À medida que fomos tomando conhecimento da relevância desse produto, chegamos à conclusão que a melhor forma de atender adequadamente aos usuários finais seria disponibilizar os dados em uma plataforma de fácil utilização, que atingisse o maior número de pessoas, que fosse segura e que pudesse ter continuidade”. E acrescentou que o sistema de disponibilização de mapas foi baseado em uma aplicação sem custo e com potencial multifinalitário. “Esse mapeamento é de extrema importância para apoiar as políticas urbanas, a implantação dos planos diretores, a construção e a aplicação de instrumentos que visem à ocupação adequada do território e evitem as catástrofes”.

Na sequência o desenvolvedor do sistema, Waldemar Filho, explicou ao público os aspectos técnicos. Ressaltou que a vantagem de ser na web é a centralização da manutenção do aplicativo. Sua exposição enfocou a segurança, o modelo adotado de software livre e de código aberto, a estrutura tecnológica, a arquitetura física, a publicação dos dados e demais funcionalidades.

Laboratório

O LabGeop foi criado em julho de 1994 e entre as suas atividades presta apoio técnico na área de geoprocessamento e utilização dos recursos de sensoriamento remoto e cartografia digital, para produção de dissertações de mestrado e teses de doutorado. O Laboratório encontra-se no 2º piso do anexo ao bloco C do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

Mais informações nos sites labgeop.ufsc.br e mapgeo.cfh.ufsc.br

 

Rosiani Bion de Almeida/Agecom/UFSC

Fotos: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Seminário discute Cartografia Geotécnica como prevenção de desastres naturais em Santa Catarina

27/06/2017 09:19

O Laboratório de Geoprocessamento do Departamento de Geociências da UFSC e a Secretaria Nacional do Ministério das Cidades irão realizar II Seminário Cartografia Geotécnica na Prevenção de Desastres no Estado de Santa Catarina. O encontro ocorre no Teatro Pedro Ivo no dia 28 de junho, a partir das 14h.

O evento visa divulgação e publicidade da metodologia de elaboração das cartas geotécnicas de aptidão à urbanização frente aos desastres naturais, desenvolvidas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com o Ministério das Cidades e entrega oficial dos produtos de cartografia geotécnica para 15 municípios do Estado de Santa Catarina.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas aqui. Basta clicar em Solicitar inscrição; selecionar a opção cadastrar-se para acessar ao sistema da UFSC; preencher os campos e Salvar; e Confirmar a inscrição no evento.

O encontro terá transmissão on-line pelo YouTube.

Mais informações na página do evento no Facebook

Estudantes do Mestrado em Desastres Naturais da UFSC participam de estágio no Cemaden

21/06/2017 08:41

Vale do Itajaí é o principal foco das pesquisas do curso

Estudantes do Mestrado em Desastres Naturais da Universidade Federal de Santa Catarina participam nesta semana de um estágio no Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais, em São José dos Campos (SP). Nove das 14 pesquisas dos estudantes têm como foco o Vale do Itajaí. Entre os trabalhos estão a estimativa de danos de inundação, análise de áreas susceptíveis a deslizamentos e gestão e comunicação de riscos em cidades como Blumenau, Gaspar, Timbó e Brusque.

No Cemaden, os estudantes vão acompanhar de perto o monitoramento e o sistema de alertas de riscos de desastres do Brasil, com foco em Santa Catarina. Ao fim das pesquisas os trabalhos poderão servir de subsídio para as Defesas Civis dos municípios na elaboração de mapas de suscetibilidade de áreas de risco e monitoramento e alerta de desastres naturais. O mestrado profissional em Desastres Naturais é pioneiro no Brasil e foi viabilizado com apoio da Agência Nacional de Águas (ANA).